quinta-feira, 30 de setembro de 2010

NOÇÕES SOBRE A BÍBLIA

NOÇÕES SOBRE A BÍBLIA

A palavra bíblia significa “os livros”, é o conjunto de todos os livros inspirados do antigo e do novo testamento.
A antiga aliança de Deus foi feita por meio de Abraão e Moisés com a humanidade; já a nova aliança de Deus foi feita através de Jesus cristo.
Todos os livros da bíblia são inspirados por Deus, escritores foram muitos, as vezes com um intervalos de aproximadamente 100 anos de um para o outro; mas era Deus quem inspirava a escrever somente o que ele queria, o autor escreve com a caneta, mas quem coloca as idéias na cabaça do autor é Deus.
A divisão da bíblia em capítulos foi feita pelo cardeal Estevão Langton e contém 1.333 capítulos; os versículos pelo Frade Santo Pagnino em 1.528, são 35.700 versículos, com um total de 73 livros.
A bíblia chegou através dos escritores que escreveram em tijolos, papiros e pergaminhos; papiro é uma planta com folha larga e comprida por isso que se podia escrever em um lado da folha; pergaminho é pele de animal preparado na qual se podia escrever, chama-se assim porque foi o método inventado na cidade de Pérgamo, antiga capital da Mísia.
A bíblia católica apresenta sempre a palavra IMPRIMATUR que significa a garantia de autenticidade e sem nenhuma alteração com um imprima-se de um bispo.
Devemos ler a bíblia sempre com Respeito, Humildade e Prudência.
Respeito: por ser a palavra de Deus e coisas santas devemos ter o maior respeito.
Humildade: você não deve saber tudo que há na bíblia, pensar assim é colocar-se contra a bíblia, pois nela há coisas difíceis de compreender que pessoas pouco instruídas deturpam as palavras para a sua própria ruína.(2Pd 3,15-16).
Prudência: você nunca deve se apegar a uma só frase sem conhecer o texto todo, pois nenhuma profecia é de interpretação pessoal (2Pd 1,20).
O desrespeito de muitos levou a heresias (Doutrina contrária ao que foi definido pela Igreja em matéria de fé).
A questão entre católicos e protestantes é que a doutrina do protestante diz que o ensinamento de Jesus está somente na bíblia, mas a doutrina católica diz que o ensinamento de Jesus está na bíblia e na tradição; há trechos que demonstram claramente a tradição: (2Tm1, 3; 2Ts2,15;3,6; Jo20,30;21,25).
A interpretação da bíblia cabe somente e exclusiva a autoridade da igreja, nenhuma profecia é de interpretação pessoal, mas os nossos irmãos protestantes acham que qualquer um pode interpretá-la, (2Pd 3,15-16); muitos são as opiniões dos homens e as más imaginações levam ao engano (Eclo 3,24; Mt12, 23-29; At8, 30-35).
A Bíblia é formada pelos seguintes livros:
·                     Antigo Testamento: Gênese, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, 1Samuel, 2Samuel, 1Reis, 2Reis, 1Crônicas, 2Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester, 1Macabeus, 2Macabeus, Jô, Salmos, Provérbios, Eclesiastes (ou Coélet), Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico (ou Sirácida), Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
·                     Novo Testamento: Mateus, Marcos, Lucas, João, Atos dos Apóstolos, Romanos, 1Coríntios, 2Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1Tessalonicenses, 2Tessalonicenses, 1Timóteo, 2Timóteo, Tito, Filêmon, Hebreus, Tiago, 1Pedro, 2Pedro, 1João, 2João, 3João, Judas e Apocalipse.
Portanto, o Antigo Testamento é formado por 46 livros e o Novo Testamento reúne 27 livros.
A Bíblia foi escrita em três línguas diferentes: o hebraico, o aramaico e o grego (Koiné). Quase a totalidade do Antigo Testamento foi redigida em hebraico, embora existam algumas palavras, trechos ou livros em aramaico e grego.
Quanto ao Novo Testamento, contém 27 livros narrando a vida e os ensinamentos de Jesus e dos apóstolos; foi completamente redigida em grego - a única exceção parece ser o livro de Mateus, originariamente escrito em aramaico, contudo esse original foi perdido de maneira que resta-nos hoje a versão em grego.
Quanto ao Antigo Testamento, conta a história da humanidade e contém 46 livros que tratam da historia da doutrina do povo de Deus.
A Bíblia protestante possui sete livros a menos que a Bíblia católica ocorre que a Igreja Católica, desde o início, utilizou a tradução grega da Bíblia chamada Septuaginta ou Versão dos Setenta (LXX); essa tradução para o grego foi feita no séc. III AC, em Alexandria (Egito), por setenta e dois sábios em virtude da existência de uma grande comunidade judaica nessa cidade que já não mais compreendia a língua hebraica.
Na época em que foi feita essa tradução, a lista (cânon) dos livros sagrados ainda não estava concluída, de forma que essa versão acabou abrigando outros livros, ficando mais extensa.
Essa foi a Bíblia adotada pelos Apóstolos de Jesus em suas pregações e textos: das 350 citações que o Novo Testamento faz dos livros do Antigo Testamento, 300 concordam perfeitamente com a versão dos Setenta, inclusive quanto às diferenças com o hebraico.
Por volta do ano 100 d.c, os judeus da Palestina se reuniram em um sínodo (Órgão colegiado e permanente do governo eclesiástico das Igrejas do Oriente).   Na cidade de Jâmnia e estabeleceram alguns critérios para formarem o seu cânon bíblico. Esses critérios eram os seguintes:
1.                  O livro não poderia ter sido escrito fora do território de Israel.
2.                  O livro não poderia conter passagens ou textos em aramaico ou grego, mas apenas em hebraico.
3.                  O livro não poderia ter sido redigido após a época de Esdras (458-428 AC).
4.                  O livro não poderia contradizer a Lei de Moisés (Pentateuco).

Assim, os livros escritos por aquela enorme comunidade judaica do Egito não foram reconhecidos pelo sínodo de Jâmnia, por causa de seus critérios ultranacionalistas. Também em virtude desses critérios, o livro de Ester - que em parte alguma cita o nome de Deus - foi reconhecido como inspirado, mas somente a parte escrita em hebraico; os acréscimos gregos, que incluíam orações e demonstravam a real presença de Deus como condutor dos fatos narrados, foram completamente desprezados, deixando uma lacuna irreparável.
Os livros não reconhecidos pelo sínodo da Jâmnia e que aparecem na tradução dos Setentas são tecnicamente chamados de deuterocanônicos, em virtude de não terem sido unanimemente aceitos. São, portanto, deuterocanônicos no Antigo Testamento os 7 livros que faltam na bíblia protestante: Tobias, Judite, Baruc, Eclesiástico, Sabedoria, 1Macabeus e 2Macabeus, além de faltarem os capítulos 10 e 16 das seções gregas de Ester e os capítulos 3, 13 e 14 do livro de Daniel.
Com a dúvida levantada pelo sínodo de Jâmnia, alguns cristãos passaram a questionar a inspiração divina dos livros deuterocanônicos (Diz-se de certos livros, ou de trechos de livros, da Bíblia, que não figuram no cânon (11) hebraico do Antigo Testamento nem no cânon cristão dos primeiros séculos, e que foram posteriormente admitidos como canônicos pela Igreja Católica, por serem considerados divinamente inspirados).
Os Concílios regionais de Hipona (393), Cartago III (397) e IV (419), e Trulos (692), bem como os Concílios Ecumênicos de Florença (1442), Trento (1546) e Vaticano I (1870), confirmaram a validade dos deuterocanônicos do Antigo Testamento, baseando-se na autoridade dos Apóstolos e da Sagrada Tradição.
Da mesma forma como existem livros deuterocanônicos no Antigo Testamento, também o Novo Testamento contém livros e extratos que causaram dúvidas até o séc. IV, quando a Igreja definiu, de uma vez por todas, o cânon do Novo Testamento.
São deuterocanônicos no Novo Testamento os livros de Hebreus, Tiago, 2Pedro, Judas, 2João, 3João e Apocalipse, além de alguns trechos dos evangelhos de Marcos, Lucas e João.
Com o advento da Reforma Protestante, os protestantes - a partir do séc. XVIII - passaram a omitir os livros deuterocanônicos do Antigo Testamento. Alguns grupos mais radicais chegaram - sem sucesso - a tentar retirar também os livros deuterocanônicos do Novo Testamento. É de se observar, dessa forma, que caem em grande contradição por não aceitarem os deuterocanônicos do Antigo Testamento enquanto aceitam, incontestavelmente, os deuterocanônicos do Novo Testamento.
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