OS DEZ MANDAMENTOS

OS DEZ MANDAMENTOS

1) O DECÁLOGO NA SAGRADA ESCRITURA

A palavra “Decálogo” significa literalmente “dez palavras”. É que Deus revelou as 10 palavras a seu povo no Monte Sinai (Sagrado); são palavras de Deus eminente, transmitida no livro do Êxodo e Deuteronômio.

O Decálogo deve ser entendido em primeiro lugar no livro do Êxodo, que foi o grande acontecimento de libertação de Deus no centro da antiga aliança.

O DECÁLOGO É UM CAMINHO DE VIDA.

As “Dez Palavras” resumem-se e proclamam-se a Lei de Deus: O Senhor dirigiu-se a vossa Assembléia no Monte, do meio do fogo, em meio das trevas, nuvens e escuridão; escreveu sobre duas tábuas de pedra e as entregou a Moisés. (Dt 5,22), as duas tábuas são chamadas “O Testemunho” (Ex 25,16) ““.

Os dez mandamentos anunciam as exigências do Amor de Deus e do Próximo.          Os três primeiros referem-se mais ao Amor de Deus, e os sete ao Amor ao Próximo.

O PRIMEIRO MANDAMENTO

AMAR A DEUS SOBRE TODASAS COISAS

(Ex 20, 2-5) (Mt 4,10).

A Fé — O primeiro mandamento manda-nos alimentar e guardar com prudência e vigilância a nossa Fé e rejeitar tudo o que nos levas a pecar; nossa vida moral encontra sua fonte de Fé em Deus que nos revela seu Amor. Nosso dever em relação a Deus consiste em crer nele e dar testemunho dele.

A Esperança — Deus se revela e chama o homem e este não pode responder plenamente ao amor divino por suas próprias forças. Deve esperar que Deus dê a capacidade de corresponder a este Amor e de agir de acordo com os mandamentos da caridade.

A Caridade — O primeiro mandamento nos ordena que amemos a Deus acima de tudo e de todas as criaturas, por Ele mesmo e por causa Dele.

Obs: Essas são as virtudes teologais: Fé, Esperança e Caridade, dão forma às virtudes morais e as vivificam.

1) Só a ele prestarás culto.

a) Adoração: É o primeiro ato da virtude da religião; adorar a Deus é reconhecê-lo como Deus, como criador e o salvador, Senhor e mestre de tudo que existe no Amor infinito e misericordioso. (Lc 4, 8,) e (Dt 6,13).

b) Oração: Os atos da Fé, de Esperança e da Caridade ordenados pelo 1º mandamento cumprem-se na Oração. A oração é uma condição indispensável para poder obedecer aos mandamentos de Deus. (Lc 18,1).

(c,) Sacrifício: É justo oferecer a Deus sacrifícios em sinal de adoração e de reconhecimento, de súplica e de comunhão. Jesus recorda a palavra do profeta Oséias: “E misericórdia que eu quero, e não sacrifício” (Mt 9,13; 12,7).

d) Promessas e Votos: O cristão é convidado a fazer promessas a Deus. O Batismo e a confirmação o Matrimonio e a Ordenação, O voto é um ato de devoção no qual o cristão se consagra a si mesmo a Deus ou lhe promete uma obra boa; pelo cumprimento de seus votos, o homem da a Deus o que lhe prometeu e consagrou.

II – “Não terás outros deuses diante de mim”

a) Superstição — É o desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe. Pode afetar o culto que prestamos a Deus: Ex. quando se dá importância de algum objeto ou de certas práticas supersticiosas.

b) Idolatria — o mandamento proíbe o politeísmo. Exige que o homem não

creia em outros deuses. Que não venere outras divindades, porque ele é o único.                                                                                  A idolatria é uma tentação constante da Fé, consiste em divinizar o que não é Deus.

            c) Adivinhação e Magia — Todas as formas de adivinhação são rejeitadas; recursos a satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas que erroneamente se supõem em “descobrir” o futuro. Recursos a horóscopo, a médiuns, astrologia, todas essas práticas contradizem a honra e o respeito que unidos ao amoroso temor, devemos exclusivamente a Deus.

d) A Irreligião — A ação de tentar a Deus, em palavras ou em atos, o sacrilégio e a simonia (Dt 6,16).

Sacrilégio consiste em profanar ou tratar indignamente os sacramentos e as outras ações litúrgicas, como pessoas, coisas e lugares consagrados a Deus.

A simonia é definida como compra ou venda de realidades Espirituais. (At. 8,20; Mt 10,8).

e) Ateísmo — Se funda com uma concepção falsa da autonomia humana, que chega a recusar toda a dependência em relação a Deus.

III - “Não faça para ti imagem esculpida de nada”.

Proíbe toda representação de Deus por mão humana (Dt 4,15-16)

Desde o Antigo Testamento Deus ordenou ou permitiu a instituição de imagens que conduziriam simbolicamente à salvação através do verbo encarnado: Ex:

A serpente de bronze, querubins e arca da aliança.

O SEGUNDO MANDAMENTO

NÃO PRONUNCIARÁ O NOME DO SENHOR TEU DEUS EM VÃO.

(Ex 20,7; DT 5,11).

Este mandamento manda respeitar o nome do Senhor, o segundo mandamento proíbe o abuso do nome de Deus, isto é, todo uso inconveniente do nome Deus, de Jesus Cristo, da Virgem Maria e todos os Santos.

Blasfêmia é o contrario ao respeito de Deus, pois é também blasfêmia recorrer ao nome de Deus para encobrir práticas criminosas, torturar ou matar.

1) O nome do Senhor pronunciado em vão

Este mandamento proíbe o juramento falso. Jurar é invocar o nome de Deus como testemunha do que se afirma. (Dt 6,13).

Perjúrio: aquele que sob o juramento, faz uma promessa que não tem intenção de mantê-la.

O perjúrio constitui uma grave falta de respeito para com Senhor. Deus chama cada um pelo nome; o nome de todo homem é sagrado, o nome é o ícone da pessoa, exige respeito em sinal de dignidade de quem o leva.

O TERCEIRO MANDAMENTO

GUARDAR DOMINGOS E FESTAS DE GUARDAS

Neste mandamento proíbe, nos dias santos, todos os trabalhos, negócios, etc... Que impeçam a participação da missa. A instituição do dia do Senhor contribui para que todos desfrutem do tempo do repouso e de lazer suficiente que lhes permita cultivar suas vidas familiares, culturais, sociais e religiosas.

O Sábado representa o término da primeira criação, é substituído pelo Domingo que lembra a criação nova, inaugurada com a Ressurreição de Cristo.

A Igreja celebra o dia da Ressurreição de Cristo no oitavo dia que é chamado o dia do Senhor ou Domingo; o Domingo deve ser guardado na Igreja como o dia de festa por excelência.

O QUARTO MANDAMENTO

HONRAR PAI E MÃ

O quarto mandamento dirige-se expressamente aos filhos em suas relações com seu Pai e sua Mãe. Esta relação é mais universal. (Ex 20,12; Ef 6,1-3).

O mandamento lembra aos filhos adultos suas responsabilidades para com os pais, enquanto viverem, os filhos deve dar ajuda material e moral nos anos da velhice.

Os pais devem considerar seus filhos como filhos de Deus e respeitá-los como pessoa humana, e educando-os no cumprimento da lei de Deus mostrando-se eles mesmos obedientes à vontade do Pai.

O QUINTO MANDAMENTO

NÃO MATAR

a) O respeito à vida humana - O homem se tornou inimigo do seu próprio semelhante, ninguém em nenhuma circunstancia pode reivindicar para si o direito de destruir diretamente um ser humano inocente. (Gn 4,10-11).

b) A legitima defesa - Ação de defender-se pode acarretar um duplo efeito: um é a conservação da própria vida, o outro é a morte do agressor, só se quer o primeiro efeito o segundo não. Por que só Deus pode tirar-nos a vida.

Este mandamento proíbe que faça algo com a intenção de provocar a morte de uma pessoa.

c) O Aborto — A vida humana precisa ser respeitada, e protegida de maneira absoluta a partir do momento da concepção. (o ser humano deve ter reconhecido o seu direito de pessoa humana) (J0 1,15; Sl 139,15).

d) Eutanásia - Seja quais forem os motivos e meios, a eutanásia direta consiste em por fim a vida de pessoa; seja qual for, e é moralmente inadmissível.

e) Suicídio - O suicídio contradiz a inclinação natural do ser humano de conservar a própria vida. O suicídio é contrario ao amor do Deus vivo.

Distúrbio grave, como a angustia ou o medo grave da provação, do sofrimento ou da tortura, podem diminuir a responsabilidade do suicida.

Deus pode pôr caminhos que só Ele sabe, dar-lhes o arrependimento salutar.

O SEXTO MANDAMENTO

NÃO PECAR CONTRA A CASTIDADE

O 6°’mandamento nos manda ser puros em nossas atitudes, gestos, palavras e demais ações; evitando assim as más leituras, cantigas desonestas, danças imorais, trajes imorais e espetáculos indecentes.

A castidade comporta uma aprendizagem do domínio de si que é uma pedagogia da liberdade humana

No livro do Deuteronômio 5, 18 exprime: “Não cometerás adultério, proibindo assim, uma ação pecaminosa”.

A castidade há de distinguir as pessoas de acordo com seus diferentes estados de vida: umas na virgindade ou no celibato consagrado, de maneira eminente de se dedicar mais facilmente a Deus com um coração indivisível; outras da maneira como a lei moral determina, quando casados ou celibatários. As pessoas casadas são convidadas a viver a castidade conjugal; os outros praticam a castidade na convivência,

Existem três formas de virtude na castidade: 1° dos esposos, 2° da viuvez e 3º da virgindade. Nós não louvamos uma delas excluindo as outras, nisso a igreja tem uma disciplina excelente e rica em sabedoria.

O SÉTIMO MANDAMÉNTO

NÃO FURTAR

(Ex 20,15; Dt 5,19; Mt 19,18).

Proíbe prejudicar o próximo nos seus há fazeres, furtando e retendo as coisas alheias, contra a vontade do outro.

O OITA VO MANDAMENTO

NÃO LEVANTAR FALSO TESTEMUNHO

 (Dt 5,20)

Deus nos proíbe de acusar falsamente uma pessoa, a gravidade desse pecado corresponde ao dano que se causa a honra do Próximo.Por isso, mesmo depois da confissão, fica a pessoa obrigada a retratar-se e a reparar o dano, da melhor maneira possível.

Este mandamento nos manda interpretar bem o nosso, atos e do próximo, e dizer a verdade. Seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não. (Mt 5,37)

O NONO MANDAMENTO

NÃO DESEJAR A MULHER DO PRÓXIMO

Este mandamento proíbe concupiscência da carne. Concupiscência é a forma do desejo humano, a fraqueza da carne; mas se pensarmos positivo o nono mandamento nos ensina a ser puros e castos nos pensamentos, fantasias, desejos e afeições.

“É do coração que procede a más intenções, assassinatos, adultérios, roubos, falsos testemunhos etc.” (Mt 15,19).

O DECIMO MANDAMENTO

NÃO COBIÇAR AS COISAS ALHEIAS

Deus proíbe toda a cobiça dos bens do próximo; este é um pecado que consiste na inveja ou desejo de possuir coisas alheias, por meio ilícito, devemos banir a inveja do coração humano, a inveja pode levar as piores ações, e foi pela inveja do demônio que a morte entrou no mundo: Quando se deseja um grave mal ao próximo é um pecado mortal.

RESUMO

O Dom do Decálogo é concedido no contexto da aliança celebrada por Deus com seu povo. Fiel á escritura, e de acordo com Jesus, a tradição da igreja reconheceu no decálogo uma importância e um significado primordial.

Transgredir um mandamento é infringir a lei. O que Deus manda, torna-o possível pela sua graça; Jesus resumiu os deveres do homem para com Deus com estas palavras. Leia na bíblia (Mt 22.37; Dt 6,4-5) Este é o primeiro mandamento.

O segundo é semelhante a este. Leia (Mc12, 30-31). Nestas duas leituras estão compendiados todos os dez mandamentos, gravados nas duas tábuas que Deus deu a Moisés no Montem Sinal: três relacionadas com Deus e 7 com o próximo.