terça-feira, 26 de abril de 2011

O que é Ressuscitar.

A ressurreição é uma resposta para a morte. Mas a morte é um assunto tão desagradável que a gente prefere achar que ela só é para os outros. Mesmo assim, chega até nós uma pergunta que nos atinge diretamente: "O que vem depois da morte?" "Depois da morte a gente..." Alguns acham que nós desaparecemos com a morte.
Outros dizem que ninguém sabe o que vem depois. Uns dizem que somos umas energias cósmicas, que ao morrer voltamos à energia do universo.
E pela reencarnação se diz que após a morte voltamos em diferentes corpos sucessivas reencarnações, até atingir a perfeição e não precisar mais voltar.
A fé cristã afirma que a ressurreição é uma transformação de nós, pelo poder amoroso de Deus. Assim, a morte física não é o fim, mas uma passagem ou etapa de nossa vida. Na missa dos mortos, rezamos: "Para quem crê, a vida não é tirada, mas transformada".
A ressurreição não quer dizer imortalidade da alma, que voltaria para um corpo que morreu. Ela é antes de tudo a transformação da pessoa integralmente. Transformação? Em que consiste? Sobre isso uma vez uma criança deu uma resposta genial: "Quando a gente morre, a gente passa para outra dimensão; a gente nunca vai entender direito isto enquanto não passar por ela". Esta é uma explicação interessante, mas que pode ser melhorada. A transformação final na morte física assusta, pois é desconhecida. Então, a gente não tem pressa de "passar desta para a melhor". Mas antes dessa transformação, há muitas outras que são como ensaios da ressurreição final. Nossa vida é uma história que se desenrola: estamos sempre morrendo para isto e nascendo para aquilo. A fé cristã já coloca a ressurreição quando morremos para o egoísmo e nascemos para o amor.
Essa morte também não é fácil, mas por ser diluída, às vezes a gente percebe menos. Ou então nos descuidamos de assumir e treinar a ressurreição. De fato, a ressurreição pode ser entendida como um caminho que a gente escolhe. Por isso São Paulo adverte: "Se vocês ressuscitaram com Cristo, busquem as coisas do alto". Uma condição indispensável para a ressurreição final e de cada dia é a confiança em Deus.
Pe Márcio Fabri dos Anjos. C.SS.R.
Revista de Aparecida

O CÍRIO PASCAL

É o símbolo mais destacado do Tempo Pascal. A palavra "círio" vem do latim "cereus", de cera. O produto das abelhas. O círio mais importante é o que é aceso na vigília Pascal como símbolo de Cristo – Luz, e que fica sobre uma elegante coluna ou candelabro enfeitado Círio Pascal é já desde os primeiros séculos um dos símbolos mais expressivos da vigília. Em meio à escuridão (toda a celebração é feita de noite e começa com as luzes apagadas), de uma fogueira previamente preparada se acende o Círio, que tem uma inscrição em forma de cruz, acompanhada da data do ano e das letras Alfa e Omega, a primeira e a última do alfabeto grego, para indicar que a Páscoa do Senhor Jesus, princípio e fim do tempo e da eternidade, nos alcançam com força sempre nova no ano concreto em que vivemos.
O Círio Pascal tem em sua cera incrustado cinco cravos de incenso simbolizando as cinco chagas santas e gloriosas do Senhor da Cruz. Na procissão de entrada da Vigília se canta por três vezes a aclamação ao Cristo: "Luz de Cristo. Demos graças a Deus", enquanto progressivamente vão se acendendo as velas dos presentes e as luzes da Igreja. Depois o círio é colocado na coluna ou candelabro que vai ser seu suporte, e se proclama em torno a ele, depois de incensá-lo, o solene Pregão Pascal.
Além do simbolismo da luz, o Círio Pascal tem também o da oferenda, como cera que se consome em honra a Deus, espalhando sua Luz: "aceita, Pai Santo, o sacrifício vespertino desta chama, que a santa Igreja te oferece na solene oferenda deste círio, trabalho das abelhas. Sabemos já o que anuncia esta coluna de fogo, ardendo em chama viva para glória de Deus... Rogamos-te que este Círio, consagrado a teu nome, para destruir a escuridão desta noite".
O Círio Pascal ficará aceso em todas as celebrações durante as sete semanas do tempo pascal, ao lado do ambão da Palavra, ate´a tarde do domingo de Pentecostes. Uma vez concluído o tempo Pascal, convém que o Círio seja dignamente conservado no batistério. O Círio Pascal também é usado durante os batismos e as exéquias, quer dizer no princípio e o término da vida temporal, para simbolizar que um cristão participa da luz de Cristo ao longo de todo seu caminho terreno, como garantia de sua incorporação definitiva à Luz da vida eterna.