sábado, 4 de janeiro de 2014

O PAI QUE VIVIA TRISTE.

O PAI QUE VIVIA TRISTE.

O que vou contar não está na bíblia, é uma lenda dos tempos antigos, quando a vida de família era a maior riqueza do mundo.
Havia um pai de família que tinha oito filhos, a casa era grande, cada um tinha o seu aposento, e cada um reverenciava o seu pai que era um homem honesto e trabalhador. Para manifestar o seu respeito e amor, um filho ou outro sempre trazia um presente áquele venerável pai. O chefe de família, porém, vivia sempre triste; nenhum presente o satisfazia plenamente. Ao deitar-se, seus filhos passavam um por vez diante dele e pediam-lhe a bênção. Mas o pai não dormia contente. Havia saúde, rebanhos numerosos que enchiam as terras de sua fazenda, ouro e prata eram guardados desde muitas gerações no interior daquela casa; Que poderia estar faltando para que aquele pai sorrisse no meio de seus filhos?. 
Um dia aquele pai reuniu todos os seus filhos e disse-lhe:” Eu daria a vocês o ouro e a prata que possuímos, as terras e os rebanhos que temos, e passaria a viver feliz, se vocês tivessem amizade e vivessem em paz. Vocês querem me tratar bem, mas vocês mesmos se tratam mal, conservando ódio e prometendo vingança entre si, quando em cada um de vocês está um pedaço de minha vida e o motivo de minha alegria”.
De fato, aqueles moços não estavam em condição de agradar o pai individualmente, nem com palavras nem com presentes, porque não sabiam viver em família. Assim é também na grande Família de Deus, que é a Igreja. Ninguém agradará a Deus, vivendo no egoísmo e na inimizade. Nosso Pai do céu não quer compartimentos fechados em seu reino, nem aceita oração e louvor de quem não quer a reconciliação e a paz com os irmãos.
O Pai Nosso é a oração mais realista da Igreja. Une a terra e o Céu. Reforma a Igreja e as famílias, desde que não queiramos ser hipócritas, rezando uma coisa e fazendo outra. Há por aí famílias numerosas, onde o pai gastou sua vida pelos filhos, no trabalho, no sofrimento, na alegria e na dor, esperando ter na velhice uma coroa de glória em volta de seu leito de morte. E nos seus momentos finais percebe que os filhos já estão brigando e se matando pela divisão das terras, do gado e do dinheiro que vai sobrar dos funerais.
ONDE ESTÁ A NOSSA FÉ? ONDE ESTÁ A NOSSA ORAÇÃO? ONDE ESTÁ O PAI NOSSO?.


A GUERRA CONTRA OS VALORES.

A GUERRA CONTRA OS VALORES.

Talvez não estejamos suficientemente atentos ao desmoronamento de valores ao nosso redor. Instituições afundam, mais de dentro para fora do que de fora para dentro, solapa-se a autoridade, passa-se por cima das leis, estampam-se números e pesquisas de opinião para provar que há um novo valor em curso, juízes não são ouvidos, protelam-se decisões, recorre-se indefinidamente a recursos jurídicos para escapar à aplicação da lei, mesmo com provas cabais e contundentes. 
Os mais ricos ou os alinhados ao grupo de poder raramente são punidos. Descobriram a eficácia do verbo adiar.
Leis que permitam a compra de camisinhas na lanchonete do colégio, leis em favor da maconha, da descriminalização do uso de drogas, ´proposta permissão da maconha enquanto se proíbe o cigarro, proibição de imagens de crianças na Internet enquanto cenas de novelas e filmes escancaram nudez e erotismo em horário nobre, pais que permitem à filha adolescente dormir com o namorado em casa, gente que simplesmente vai embora do casamento, da igreja, do partido pelo qual se elegeu, do grupo religioso, do clube, do emprego que lhe foi dado pelo patrão amigo, ingratos que não se sentem devedores a ninguém, nem mesmo a quem lhes deu a riqueza de hoje, tudo isso aponta para uma nova transvaloração: isto é: o que ontem valia não vale mais.

Padre Zezinho

PLANEJAMENTO PASTORAL PAROQUIAL.



É HORA DE MUDANÇA!


O que é planejamento?

Planejamento não é solução mágica; não resolve tudo e, principalmente não funciona de forma instantânea, podemos dizer que é um longo processo, no qual não apenas se trabalha, mas se aprende enquanto o trabalho se desenvolve.
O planejamento não cobre deficiência de recursos, mas ajuda a aproveitar melhor os recursos que temos; ajuda também a ver melhor a realidade e a detectar os problemas, serve também como ferramenta, e como tal, não substitui os operários, mas permite que a obra ganhe qualidade e que eles possam contemplar com mais satisfação o progresso que realizam.
Para sabermos exatamente de que estamos falando, vamos começar esclarecendo três termos, são eles: Planejamento, Plano e Cronograma.

1)      Planejamento: é o processo de tomar decisões sobre o trabalho a ser feito, não se faz numa reunião, ele começa bem antes de se registrar qualquer coisa por escrito e não termina depois elaboramos um plano de ação.Esse processo acompanha todo trabalho e vai indicando caminhos o tempo inteiro.
2)      Plano: é o registro por escrito das motivações e decisões tomadas para dar andamento ao trabalho; o plano pode ser modificado se no decorrer do processo de planejamento, for percebida uma necessidade de correção de decisões anteriormente tomadas, pode até haver planejamento sem plano, mas o registro por escrito ajuda a organizar o pensamento, a não esquecer dados e confrontar resultados no decorrer do processo.
3)      Cronograma: é a lista de ações a serem realizadas, com seus prazos, agentes e destinatários.

Muitas vezes, por não se compreender ou valorizar o processo de planejamento, os planos são mal usados, ou até ignorados no curso da ação: vão parar na chamada “pastoral da gaveta”, de onde só saem eventualmente para demonstrar a algum visitante que a equipe é organizada e sabe planejar.
Plano, porém, é para ser usado, consultado, anotado, revisto, que nem mapa de viajante que anda em país desconhecido, com uma vantagem: no plano nós podemos mexer quando ele não estiver combinando com a nova paisagem que a realidade nos oferece no próprio desenrolar do trabalho.
Planejamento participativo bem feito, porém é processo importante e necessário, de múltiplas utilidades:
  • Permite melhor utilização de todos os recursos disponíveis (obriga-nos , inclusive a descobrir quais são esses recursos);
  • Evita duplicação e contradição entre as diversas tarefas do trabalho;
  • Mantém o foco firme no objetivo, evitando atirar para todo lado, dispersando energias;
  • Permite identificar necessidades e providenciar modos de as satisfazer;
  • Fornece elementos para avaliar o progresso e detectar falhas;
  • Envolve pessoas nas decisões referentes a sua atividade, reforçando as motivações e as responsabilidades, resgatando sua cidadania;
  • É uma verdadeira escola, na qual as pessoas aprendem fazendo(formação na ação).
Essa é a primeira e uma das maiores conversas de um planejamento participativo: do tipo de igreja que queremos ser, vão depender de todas as outras resoluções.A pergunta tem que  está em nossa cabeça: O que queremos mesmo, como igreja?.
Aí se clareiam as grandes metas, que depois darão origem a metas mais especificas, que respondam ás necessidades de cada realidade.

Querer participar do planejamento sem refletir sobre os rumos que ele aponta leva a remendos superficiais que não correspondem ao espírito da proprosta; não se trata apenas de uma coleção de atividades, ou de temas que nos poupam o esforço de pensar que assunto escolheremos para as reuniões do ano.

PROPOSTA PARA UM REFORÇO ESCOLAR SOB AVALIAÇÃO DE NÍVEL PEDAGÓGICO.

PROPOSTA PARA UM REFORÇO ESCOLAR SOB AVALIAÇÃO DE NÍVEL PEDAGÓGICO.
           
            Significado da avaliação pedagógica

A avaliação pedagógica não se limita ao conteúdo escolar; como qualquer um dos outros momentos do diagnóstico, a conduta do paciente deve ser vista como uma expressão global em que está pondo em foco o nível-pedagógico, mas estarão juntos o seu funcionamento cognitivo e suas emoções ligadas ao significado dos conteúdos e ações.
É necessário que se pesquise o que o paciente aprendeu, como articula os diferentes conteúdos entre si, como faz uso desses conhecimentos nas diferentes situações escolares e sociais, como os usa no processo de assimilação de novos conhecimentos.
É importante também definir o nível pedagógico para se verificar a adequação à série que cursa; algumas vezes a defasagem entre o nível pedagógico e as exigências escolares atuais pode agravar dificuldades do paciente anteriores à escola, e outras vezes criar situações que podem vir a formar dificuldades de aprendizagem ou produção escolar.
A maioria das queixas escolares especifica está focada na leitura, escrita e matemática, em diferentes graus e séries.
Para se ter um bom reforço escolar é preciso fazer uma análise do material escolar implicando verificar a metodologia utilizada em sala de aula, ou seja, a qualidade didática; por ex: no que se refere ao erro, observa-se o tipo de erro ou acerto do paciente, o modo como esse é encarado pelo professor, se é assinalado, revisto e trabalhado na construção do conhecimento.

Avaliação do nível pedagógico:

a)       Na alfabetização: Quando a queixa escolar sobre a dificuldade de aprendizagem ou produção escolar diz respeito a crianças em processo de alfabetização, a questão exige uma reflexão sobre aspectos teóricos do assunto. A alfabetização não é mais vista como a transmissão de um conhecimento pronto que, para recebê-lo a criança teria que ter desenvolvido habilidades, possuir pré-requisitos, enfim, apresentar uma “prontidão”. A alfabetização é resultante da interação entre a criança, sujeito construtor do conhecimento, e a língua escrita. O desrespeito ao ritmo de construção da criança no ler e escrever pode criar uma dificuldade que se avoluma como “bola de neve”, podendo chegar a estancar o seu processo de verdadeira alfabetização.
b)      Na leitura: Para avaliar o desenvolvimento da leitura em outros níveis, é interessantes o uso de material com significado completo. É necessário que haja uma possibilidade de escolha conforme a idade, a escolaridade do aluno e suas reais possibilidades em relação á extensão do material. Não desejável que o aluno leia um pedaço de um texto e sim o texto completo, para não esfacelar todo o texto, perdendo assim, o seu significado, fazendo-se apenas uma avaliação mecânica. É preciso resgatar desde o diagnóstico, o hábito de ler, criando-se a idéia de atividade prazerosa.
No final da leitura verifica-se se ele apreendeu o sentido global do texto, se é capaz de sintetizá-lo; por ex: Pedir ao aluno a dizer em uma frase apenas de que trata a história.
Ao fazer uma leitura silenciosa e sua interpretação, é necessário que verifique a leitura oral de parte do mesmo texto, pedindo-lhe que leia em voz alta trecho de que mais gostou; nesse momento é importante avaliar a entonação, pontuação, junção, omissão, deslocamento de letras, silabas, palavras e frases.
Na leitura em voz alta pode-se observar: a fala de modo mais formalizado e se refletir sobre a necessidade ou não de exame complementar fonoaudiológico quando se percebe algo irregular durante a conversa.
c)       Na Escrita: Avalia-se na escrita o vínculo do aluno com a mesma escrita, o processo de escrever, o produto final em diferentes aspectos, o significado da escrita e suas fraturas. Durante a execução da leitura e da escrita, observa-se à postura corporal, o sentar, as tensões e relaxamento, o modo de segurar o lápis e o livro, o modo de se aproximar do material, a concentração da atenção, e o prazer de ler e escrever.
d)      Na Matemática: Quando a queixa é de dificuldade geral na aprendizagem, ou especifica na matemática, há necessidade de se avaliar com mais detalhes essa área especifica. Alguns aspectos se destacam: o raciocínio matemático, o cálculo, a leitura de problemas e questões.
Nesta avaliação pedagógica, faz-se necessário levar em consideração o que a escola em questão pretende, seus valores, que tipo de aluno pretende formar, sua metodologia de ensino, sua cobrança.                                                                                     


Projeto Pedagógico para uma Ação Alfabetizadora.


1- Tema: Alfabetização e Educação ao Longo da Vida.

2- Delimitação do tema:
            Investigar formas de construções que iram ser desenvolvidas, a partir das reflexões pratica de alfabetização que sugere uma série de competências, como o processo de alfabetização que deverá desenvolver nos alunos.  

3-Justificativa
Este projeto quer mostrar que mais importante do que a idade é a vontade do aluno de se alfabetizar; estar se alfabetizando é um fato que cria expectativas.
Por isso, é necessário que o professor antes de iniciar o seu trabalho converse com seus alunos para saber de suas expectativas com relação ao trabalho escolar de alfabetização que terão pela frente.
O objetivo deste projeto é conversar a respeito do que significa aprender a ler e a escrever, o que se faz com esses conhecimentos, em que sentido a vida das pessoas se modifica depois que aprendem a ler e a escrever, e quais as previsões de uso desses conhecimentos pelo resto de sua vida fora da escola.
Neste trabalho procurarei demonstrar a importância de incentivar crianças, jovens e adultos para participar mais de tudo o que acontece na alfabetização.
Partindo desse principio irei obter um desenvolvimento educacional mais eficaz, e a escola por sua vez teria condições de conhecer melhor o aluno, mostrando aos pais o trabalho que é desenvolvido no processo alfabetização da criança, jovens e adultos.
Este processo de alfabetização é importante, porque ela traz um enfoque principal do papel do individuo na escola, não esquecendo que a alfabetização só tem sentido se houver a participação da família; e através deste contato com a família possibilita à escola o conhecimento do conceito que os pais têm de seus filhos.

      4-Objetivo Geral

·                  Construir uma linguagem que exerça na alfabetização uma importância fundamental      de quem ensina, e de quem aprende.

·                  Identificar o canal de comunicação entre professor e o aluno.

·                  Destacar a ação de um diálogo que possa viabilizar as relações tanto da família como de quem aprende.
     
       5-Objetivo Específico.
·                  Estimular o individuo a continuar aprendendo sobre o processo de alfabetização de jovens e adultos.
·                  Possibilitar uma construção de relacionamento entre o professor e o aluno.
·                  Identificar a dificuldade do individuo no processo de alfabetização da leitura e da escrita.
·                  Apresentar atividades que ensine o aluno à importância à decifração da escrita.

                    6-Formulação do Problema:

a) Por que não há maior envolvimento entre as ações do professor e da família, para que o processo de alfabetização possa obter um resultado satisfatório para a sua aprendizagem?
 b) O que esta pesquisa pode trazer para que o professor e o aluno para que possam juntos desenvolver uma metodologia que busque o entendimento desse processo de ensino-aprendizagem?
7-Formulação de Hipótese.
a) A intervenção do educador é essencial na facilitação do diálogo entre o individuo e a alfabetização em decorrência dos meios pedagógicos utilizados na aprendizagem. 

8-Fundamentação Teórica.
Este trabalho está fundamentado em algumas teorias como:
Celestin Freinet, que se expressou veemência a necessidade de, prestar atenção no aluno enquanto sujeito da aprendizagem; qualquer conhecimento que ele adquirir será construído por ele, por meio de seu trabalho, a partir de seu interesse e envolvimento pessoal. Começando com sua vida, sua experiência, seu conhecimento, sua habilidade que já possui e que tem feito seu caminho até aqui.
Paulo Freire, desde o inicio, dizia que a alfabetização de um adulto não tem a natureza da alfabetização de uma criança, embora muitos educadores antes dele tenham percebido isso, ele foi o primeiro a criar um método especifico para alfabetizar adultos.
Segundo ele, a técnica consiste em fazer a alfabetização decorrer de um processo de substituição de elementos reais por elementos simbólicos sendo que em primeiro lugar, figuras (cartazes), depois verbalização (conversa, dialogam sobre os elementos visuais e figurativos); e em seguida sinais escritos padronizados (a escritas).
Emilia Ferreiro, a questão não está em saber em que idade se deve começar a ensinar ou a aprender a ler, nem com que métodos se pode ensinar melhor ou aprender mais rápido; a essência do problema estar em desvendar a natureza da relação entre uma dada realidade que se conhece e sua representação (escrita).
Segundo Emilia Ferreiro, não se trata, pois de método de memorização de sinais gráficos e seu uso, mas de um problema conceitual; em que aprender a ler e a escrever é reconstruir a escrita refazendo, na própria mente o processo de representação.
A partir deste estudo procurei pesquisar outros autores para estabelecer mais a compreensão do assunto pesquisado.
  
9-Metodologia
Este trabalho será através de entrevista, contando com a participação do professor e também com a presença dos pais, para que aponte as questões próprias da família e da escola, necessitando conhecer as falas de alguns professores e seus pontos de vista em relação ao tema proposto.
Para o desenvolvimento deste trabalho procurei optar pela pesquisa bibliográfica porque ela me permite maior referencial teórico apropriado para uma presente investigação.
A opção de uma metodologia depende de vários fatores, entre eles podemos destacar: a formação do educador, o perfil dos alunos, o local onde ocorrerá a ação, as condições físicas e materiais, mas principalmente a proposta pedagógica e os seus objetivos, isto é, o projeto pedagógico estabelecido para a alfabetização.

10) Considerações Finais.
 Na função preventiva sobre alfabetização, cabe ao educador detectar possíveis perturbações no processo de aprendizagem; participando das dinâmicas nas relações de cada individuo no processo educativo, a fim de favorecer o processo de interação e troca em relação ao desenvolvimento da educação de jovens e adultos.
Em nível de educação pode-se promover um processo de orientação metodológicas de acordo com as características de cada individuo, podendo também realizar um processo de orientação educacional, vocacional e ocupacional, tanto na forma individual quanto em grupo. 

11) REFERENCIAS:

FERREIRO, Emilia. Reflexões sobre Alfabetização: tradução Horácio gonzáles - São Paulo: Editora Cortez, 2001. (Coleção Questões da nossa Época; v.14).
FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam. - São Paulo:Editora Cortez, 1987.(Coleção polêmicas do nosso tempo, nº4).
CAGLIARI, Luiz Carlo. Alfabetizando sem o Bá-Bé-Bí-Bó-Bú – São Paulo: Editora Scipione, 1998. (Pensamento e Ação no Magistério).
RAPOSO, Mariana. (Org.) SESI-Departamento Nacional Guia para a Ação Alfabetizadora: Serviço Social da Indústria-Brasília: SESI, 2003.
Departamento Nacional Série SESI em Educação do Trabalhador/ Serviço Social de Indústria. Brasília: SESI/DN, 2002. (Serie em Educação do Trabalhador: Conteúdo nº. 9: Freinet, Paulo Freire e Emilia Ferreiro.).













                                

CRISTIANISMO E FILOSOFIA

RELAÇÕES INICIAIS ENTRE CRISTIANISMO E FILOSOFIA

A mensagem cristã, transmitida oralmente por Cristo, posteriormente, foi fixada em alguns escritos: os evangelhos, que se tornaram a base da verdade cristã.
Os Evangelhos, mais quarenta e seis livros da tradição judaica (Antigo testamento), vinte e uma epistolas escritas pelos apóstolos, um livro que conta os feitos dos apóstolos (Atos dos Apóstolos) e um livro profético (Apocalipse) compõem a Bíblia sagrada.
Inicialmente, o cristianismo encontrou muita resistência pelos lugares por onde se difundiu.
Perseguição e martírios tornaram-se um fato comum, principalmente em Roma.
Durante os quatros primeiros séculos de sua existência, alem da perseguição física, o cristianismo sofreu também oposição no âmbito doutrinário, como no caso do imperador Juliano, que empregou o pensamento de um filosofo chamado Plotino para combatê-lo.
Observação sobre o pensamento de plotino: O sistema plotiniano é uma representação de toda a realidade, fazendo-a depender do Uno e tender por um retorno a Ele.
Enquanto em Sócrates, Platão, Aristóteles e outros filósofos, Deus é, sobretudo, mais um elemento na concepção geral do universo, em Plotino, se for retirada à idéia do Uno, retira-se toda a consciência de seu pensamento: o Uno (entendido, por aproximação, como Deus) é a idéia central de toda a sua filosofia e teologia.
Segundo Plotino ele não chama o Uno de Deus; refere-se a ele como se este fosse um Hyperthèos, um Superdeus.
Contudo, se por um lado, houve uma reação contrária e práticas cristãs, de outro, também não é muito agradável o tratamento que os primeiros pregadores do cristianismo deram a filosofia grego-romana.
No primeiro século da cristandade, grosso modo, há um “veto” à filosofia por parte dos Padres da Igreja.
Ela era vista simplesmente como “contrária” à mensagem cristã.A mensagem cristã é revelada por Deus, a filosofia é produção exclusivamente humana.
A filosofia é perigosa, pois afasta o homem do verdadeiro Deus.(Na Epistola aos Colossences 2, 8-10; At 17, 18)Paulo diz. Abramos a Bíblia.
Também os chamados Padres apostólicos – Os padres do século I - tiveram reação parecida, eles não lhe deram importância ou viram a filosofia como perigosa.
A aproximação entre o cristianismo e a filosofia começou a ocorrer no século II; ela se deu, sobretudo, devido às dificuldades que os evangelizadores encontraram em responder aos ataques que a doutrina cristã sofria, principalmente de filósofos.
Nesta época, em muitos lugares do império romano, existiam escolas filosóficas das mais variadas vertentes: céticos, estóicos, epicuristas, etc. Elas estavam por toda parte.
Para poder sustentar a polemica comestes filósofos alguns cristãos perceberam a necessidade de conhecer a filosofia; inicialmente começou com Justino (100-163) e, depois, muitos outros não só viram a necessidade do estudo da filosofia para argumentar com os pagãos, como também perceberam que a filosofia pode ser útil para  fundamentar ou esclarecer  as verdade da fé.
Esta acabou sendo a maneira como, em geral, a Igreja cristã encarou o papel da filosofia durante todo o período medieval.
Sem exageros, pode-se dizer que ainda hoje este é o modo de ser perceber a filosofia no meio cristã.
A união entre os elementos doutrinários do cristianismo e a filosofia recebeu a denominação de filosofia cristã (Cf. Encíclica Fides et Ratio 1998).