quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

O POVO DE ISRAEL DIZ QUEREMOS UM REI .

O POVO DE ISRAEL DIZ QUEREMOS UM REI .

“Queremos ser como as outras nações: queremos ter um rei para nos governar, para nos dirigir na guerra e lutar em nossas batalhas”. (1 Samuel 8:20)
Primeiro Samuel, a partir do capítulo oito conta-nos que um dia, Israel cansou-se do governo de Deus. A Nação começou a clamar: "Queremos um Rei, queremos um Rei..." sob a justificativa: "como todas as nações têm". Desqualificaram O Grande e Soberano Rei que os libertou da tirania do Egito, guiou através do deserto, criou um caminho seco no Mar Vermelho.
O texto acima é muito interessante, e vivendo o nosso país uma fase tão difícil e complicada onde a palavra “impeachment” e “renúncia” se ouvem a cada dia, a uma comparação com o que aconteceu com Israel. O povo de Israel não queria mais ser conduzido por Deus, então pede um rei à Samuel, pois eles queriam assemelhar-se às outras nações que eram governadas por reis o famoso ”todo mundo faz, todo mundo tem". Israel pede o impeachment de Deus. Abrindo mão da teocracia, onde o governo era do próprio Deus, desejando um rei humano, uma monarquia como existia em todas as nações ao redor. Triste decisão. Inicia-Se a história dos reis de Israel.
Deus fala para Samuel que os israelitas O desprezaram fazendo isso, como fizeram no deserto quando forjaram um bezerro de ouro e o adotaram como sendo o deus verdadeiro que os havia livrado de faraó. Os israelitas esnobaram, fizeram pouco caso do poder e da grandeza de Deus e, consequentemente, desagradaram e pecaram contra Ele. Os israelitas tiveram o que desejavam um rei segundo o seu coração.
Saul era o homem mais alto e mais bonito de todo Israel. Um rei tão perfeito as vistas, mas que era motivo de orgulho fez com que um povo livre perdesse a liberdade individual, pois, todos se tornaram servos, quando não, escravos do rei. Os pesados tributos sobre o produto do campo e da pecuária, sobre as propriedades e todos os bens do povo tornaram difícil a vida dos hebreus. Valeu à pena tão desastrada troca? Israel foi chamada para ser uma nação santa, separada e única dentre todas as outras (Levítico 20:26 “Sereis consagrados a mim, pois Eu, Yahweh, o SENHOR, sou santo e vos separei de todos os povos para serdes exclusivamente meus. “).




HISTÓRIA DO LIVRO DOS JUÍZES DA BÍBLIA.

A HISTÓRIA DOS JUÍZES.
O Livro dos JUÍZES foi assim chamado pelo grande relevo que nele têm os chefes a quem se deu tal nome . Praticamente o livro é constituído por doze histórias correspondentes aos doze juízes que nele desfilam aos olhos do leitor.

CONTEXTO HISTÓRICO: Depois da sua chegada a Canaã e do seu estabelecimento no território, como está descrito em Josué, as doze tribos ficaram um pouco à mercê dos povos que ainda ocupavam a terra. Cananeus e filisteus continuavam a sua luta para expulsar as tribos israelitas que se tinham infiltrado em algumas parcelas do seu território; e a conquista total da terra e o conseqüente predomínio dos israelitas sobre os povos locais ficará para mais tarde, no tempo de David (séc. X a.C.). 
Depois da morte de Josué, por volta de 1200 a.C. (Js 24), as tribos ficaram sem um chefe que aglutinasse todas as forças para se defenderem dos inimigos estrangeiros.
A única autoridade constituída era a dos anciãos de cada tribo. Além disso, estas pequenas tribos eram muito independentes entre si, e não era fácil congregá-las.
Ficavam, assim, mais expostas aos ataques de filisteus, cananeus, madianitas, amonitas, moabitas, todos inimigos históricos de Israel.

QUEM SÃO OS JUÍZES: É nestas circunstâncias que aparecem os Juízes. Não são chefes constituídos oficialmente, mas homens e mulheres carismáticos, atentos ao Espírito do Senhor, pessoas marcadas por uma forte personalidade, capazes de se imporem moralmente perante as outras tribos.
Deste modo, quando alguma tribo era atacada, o Juiz congregava as outras para irem em socorro da tribo irmã. Uma outra função que lhes poderia ser atribuída era a de julgar (da raiz chaphat, que significa "administrar a justiça", "proteger"), em casos especiais, função que terá estado na origem do nome de "Juízes". O tempo dos Juízes é, pois, o tempo da consolidação das tribos no seu território, perante os inimigos estrangeiros, e o tempo das primeiras tentativas de federação entre as várias tribos com diferentes origens (ver Js 24).

 VALOR HISTÓRICO: O livro dos JUÍZES é um dos chamados "Livros Históricos" da Bíblia, mas é histórico segundo o modo de escrever História no seu tempo. Nesse gênero  literário cabiam não apenas os fatos e os documentos, como acontece na historiografia moderna, mas também o mito, discursos (veja-se o belo apólogo de Jotam: 9,7-20), etiologias, pequenos fatos do dia a dia, etc. Este livro fornece-nos um quadro geral único do modo de vida das tribos de Israel, depois da instalação em Canaã, no que toca à vida política, social e religiosa. É também interessante o fato de nos falar já do difícil relacionamento entre algumas tribos, que irá ter o seu desenlace na separação entre o Norte e o Sul, depois de Salomão.
O tempo dos JUÍZES corresponde a mais de dois séculos de História, o que lhe confere um valor especial, embora a contagem dos anos fornecidos pelo texto nos dê exatamente 410 anos. Este fato é certamente devido ao uso corrente do número simbólico 40, que significa uma geração, isto é, a vida de uma pessoa. Esta indicação diz-nos bem do caráter aproximativo dos dados cronológicos do livro. A cronologia real da época dos JUÍZES nunca poderá afastar-se muito do período entre 1200 e 1030.

TEOLOGIA: Como qualquer livro da Bíblia, também o dos JUÍZES não foi escrito para nos fornecer simplesmente a História factual das tribos de Israel. Antes de mais, foi escrito para manifestar como Deus acompanha o seu povo na sua história concreta, mesmo no meio dos mais graves acontecimentos, como as guerras contra os povos inimigos. A sua teologia fundamental é proposta pelos redatores deuteronomistas nas Introduções (1,1-3,6), em que aparecem fórmulas características como "os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do Senhor" (2,11; 3,7.12; 4,1; 6,1; 10,6; 13,1).
Desta infidelidade do povo ao Deus fiel da Aliança segue-se o castigo, que aparece nas derrotas perante os povos estrangeiros; e depois, a vitória, mediante os intermediários do Senhor, os Juízes "salvadores" (3,31; 6,15; 10,1). A idéia  teológica que ressalta deste livro é, pois, a imagem que um povo livre tem de Deus, que o acompanha para o libertar. Não nos devem escandalizar os "pecados" destes Juízes, homens rudes que precisamos de situar no seu tempo e que procedem segundo a moral de então. Caso paradigmático é a história de Sansão. Teremos que tentar, antes, descobrir o que há neles de positivo: a ação de Deus, que os anima com o seu espírito para conduzir o povo de Deus (3,10; 6,34; 11,29; 13,25). Neste sentido, eles foram uma antecipação dos reis de Israel.




As Tribos de Israel

As Tribos de Israel
É o nome dado às unidades tribais patriarcais do antigo povo de Israel e que de acordo com a tradição judaica ter-se-iam originado dos doze filhos de (Jacó), neto de Abraham (Abraão). O sentido de tribo, na Torá, não se refere ao sentido comum de tribo de povos primitivos ou pré-modernos, como as antigas tribos africanas ou as antigas tribos ameríndias, mas sim ao sentido de Clã Familiar, que é uma forma de organização que vigorou e vigora, sobretudo na Europa Ocidental.
Embora a religião dos hebreus tenha matrizes afro-asiáticas e não européias, o que mostra tratar-se o modelo europeu de uma interpretação tardia. As doze tribos teriam o nome de dez filhos de Jacó.
 As outras duas tribos restantes receberam os nomes dos filhos de Yossef (José) , abençoados por Jacó como seus próprios filhos. Os nomes das tribos são: RúbenSimeãoLeviJudáZebulomIssacarGadeAserNaftaliBenjamimManassés e Efraim. Apesar desta suposta irmandade as tribos não teriam sido sempre aliadas, o que ficaria manifesto na cisão do reino após a morte do rei Salomão.
Com a extinção do Reino de Israel ao norte, as dez tribos desapareceriam exiladas por rei Assirio. As outras tribos restantes (JudáBenjamim e Levi) constituiriam o que hoje chama-se de judeus e serviria de base para sua divisão comunitária (YisraelLevi e Cohen).
As "Doze Tribos" , levando em consideração que os filhos de José (Manassés e Efraim), que foram considerados parte das tribos de Israel ficando no lugar de Levi e José na posse de terras, por seu avô Jacó, considerá-los como seus próprios filhos, formando assim, as doze tribos de Israel.
O livro de Gênesis conta da descendência do patriarca Jacob, mais tarde batizado por Deus como Israel, e de suas duas mulheres ( Lia e Raquel ) e duas concubinas. Jacó teve ao todo 12 filhos, cujos nomes estão acima citados. Neste momento da narrativa, o cronista bíblico concentra-se no relato da história de José, de como ele foi vendido pelos seus irmãos, como obteve importância política no Egito, e de como voltou a reunir sua família. 
A narração conta também que os 12 filhos de Jacó e suas famílias e criados obtiveram permissão para habitar a fértil região oriental do Delta do Nilo, onde teriam se multiplicado grandemente. Cada uma das 12 famílias teria mantido uma individualidade cultural, de forma que se identificassem entre si como tribos separadas.
A narrativa ainda destaca que José teve 2 filhos, Manassés e Efraim, e seus descendentes seriam elevados ao status de tribos independentes, embora fossem sempre referidos como meio-tribos (encerrando um número fixo de 12 tribos). Ao final de Gênesis, Jacó, em sua velhice, abençoa a cada um de seus filhos, prenunciando o destino que aguardavam os seus descendentes no futuro.
Em Êxodo, a Bíblia conta como Moisés, membro da tribo de Levi, e seu irmão Aarão, lideraram os hebreus das 12 tribos em sua fuga do Egito. Durante a narrativa, as tribos são contadas, e seus líderes e representantes são nomeados, demonstrando um forte senso de individualidade entre as tribos e as meio-tribos de José.
À tribo de Levi são designadas por Deus a todas as tarefas sacerdotais e os direitos e deveres diferenciados inclusive seria a única tribo que poderia carregar a arca da aliança. As demais mantiveram-se com os mesmos direitos e obrigações, embora, através do número de membros, algumas tribos já pudessem gozar de alguma superioridade política.



A Vocação e o chamado de Abraão

A VOCAÇÃO E O CHAMADO DE ABRAÃO.
Teologicamente, Gênesis capítulo 12 é uma das passagens-chave do Antigo Testamento, pois contém aquilo que é chamado de a Aliança Abraâmica. Esta aliança é a linha que une todo o Antigo Testamento. Ela é crucial para o entendimento correto das profecias da Bíblia.
Em Gênesis capítulo doze não só chegamos a uma nova divisão e a uma importante aliança teológica, mas, acima de tudo, a um grande e piedoso homem — Abraão. Quase um quarto do livro de Gênesis é dedicado à vida deste homem. Mais de 40 referências são feitas a ele no Antigo Testamento. É interessante observar também que o Islã considera Abrão o segundo homem mais importante depois de Maomé, sendo que o Alcorão se refere a ele 188 vezes. Vejamos:         
No capítulo 12 a 50: Nesta segunda parte são apresentados os patriarcas Abraão, Isaac e Jacó e a  história de seus filhos, especialmente José.
Capítulo 14: O encontro com Melquisedeque, que é a figura do Messias, rei e sacerdote. O sacerdote é instituição Levítico, que vai ocorrer anos mais tarde para os descendentes de Levi, filho de Jacó.
Capítulo 15: A promessa de uma descendência tão numerosa quanto as estrelas, que não se pode contar.
Capítulo 16: Da serva Agar, Abraão tem um filho, Ismael, que dará origem ao povo Árabe.
Capítulo 17: A promessa de um filho a Sara, esposa de Abraão, que já era idosa. A circuncisão é o sinal da aliança de Abraão com Deus.
Capítulo 18 e 19: O pecado de Sodoma e Gomorra é tão grande que, apesar da intervenção de Abraão, como não havia nem dez justos, a cidade é destruída. Se houvesse ao menos estes dez Deus perdoaria toda a cidade por causa deles.
Capítulo 22: Sacrifício de Abraão , Deus, pondo-o à prova diz que leve seu filho Isaac e o ofereça em holocausto. " Por sua posteridade serão abençoadas todas as nações da terra, porque tu obedeceste". Abraão é modelo de obediência.
Capítulo 27: Dos filhos de Isaac, Esaú e Jacó, é Jacó quem recebe a benção.
Capítulo 37 a 47: História de José, um dos filhos de Jacó, Jose no Egito, os sonhos do faraó e o reencontro com os irmãos.
Capítulo 49: Benção de Jacó.

RESUMO
“A vida de Abrão é um crescimento na fé desenvolvido sob o demorado cumprimento das promessas divinas. Foi-lhe prometido um descendente e, quando esse descendente demorou a chegar, ele precisou, de alguma forma, ver o significado daquela demora e aprender a ter fé em Deus.
Quando lhe foi prometida uma terra, e esta não lhe foi dada, ele precisou olhar para além da promessa, para Aquele que a fez, a fim de poder compreender.
Quando lhe foi ordenado sacrificar Isaque, ele precisou obedecer com um coração cheio de amor, para de alguma forma ver a relação entre a ordem e a promessa da descendência de uma nação, deixando o resultado por conta de Deus e encontrando nele toda suficiência.
Por meio de todas as suas experiências ele precisou ver em Deus a origem de tudo o que iria enfrentar”.