quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O RELACIONAMENTO DO CATEQUISTA COM AS CRIANÇAS:

O RELACIONAMENTO DO CATEQUISTA COM AS CRIANÇAS:

a)                  Preparação da sala: Este é um detalhe muito importante para este grande momento, mesmo com os poucos recursos de que se dispõe, será possível criar um ambiente agradável, isto é, (trabalhar um pouco a nossa criatividade). Colocar as cadeiras ou bancos em forma de circulo, já modifica o ambiente em sala, dando uma característica de escola.
b)                 Acolhimento das crianças: As crianças devem encontrar no catecismo um ambiente familiar, onde se sintam à vontade, para que possam ser elas mesmas, isto é, simples, abertas, alegres, colegas e amigas.É importante que o catequista chegue antes para receber as crianças, acolhendo cada uma com simpatia, aproveitando também esses momentos para incentivar o entrosamento das crianças entre si.
c)                  Ambiente: Que seja claro, que não seja pesado, irritante e barulhento; observar sempre se as crianças estão bem instaladas nas cadeiras ou bancos, se estão prestando atenção, lembre-se que este ambiente deva ser agradável.
d)                 A duração do catecismo: vai ser conforme as regras da diocese.
e)                  Vocabulário: É preciso escolher bem as palavras (nem difíceis, nem gíria ou palavras de duplo sentido); levar em conta sobretudo o vocabulário reduzido da criança.
f)                   Tom de voz: Nem alto, nem baixo, mas que todos possam ouvir e se possível falar devagar para que as crianças entendam.
g)                  Dialogo: Não simples demais, mas que exija certa reflexão, evitando perguntas com duplo sentido para que não haja dupla respostas. Ex: Quem é o nosso melhor amigo?; Não perguntar só aos mais inteligentes, mas suscitar a participação de todos, e esperar pacientemente a resposta. Todas as perguntas devem ser relacionadas com a idéia central de cada encontro.
h)                  Pontos importantes no dialogo: 1) Acolher a opinião da criança, respeitando seu ponto de vista. 2) Saber ouvir com paciência o que a criança tem a dizer. 3) Questionar de maneira simples o que a criança diz sempre: Por que? Como? Para que? Sem forçá-la a tomar uma decisão ou fazer uma escolha imediata. 4) Não exigir demais da criança, seja em respostas ou atividades , mas cobrar aquilo que promete. 5) Dizer sempre a verdade sem rodeios e se a criança faz uma pergunta difícil, o mais prudente é dizer que vai se informar melhor para depois dar a resposta certa.
i)                    Atitude do catequista: 1) Não ter preferência por esta ou aquela criança. 2) Nunca chamar a atenção de uma criança diante da outra. 3) Se possível esquecer a palavra’aula’ e sempre dizer ‘encontro de catequese’ porque na verdade a catequese é um encontro do catequista comas crianças, das crianças entre si e de todos com Jesus Cristo.

O RELACIONAMENTO DO CATEQUISTA COM OUTRO CATEQUISTA:

A amizade e a união entre catequista é algo importante por dois motivos:

1)                 Em vista de uma mesma missão, é que há necessidade de trocar experiências, de ter um objetivo comum e isto se realiza através de:

a)                  Reuniões de catequistas, que podem ser feitas semanais, quinzenal ou mensalmente; estas reuniões são de suma importância para os catequistas, pois permitem a oportunidade de: 1) Preparar juntos os encontros para as crianças. 2) Organizar juntos o material a ser utilizado na catequese. 3) Trocar experiências. 4) Dar novas sugestões. 5) Decidir pontos importantes da catequese. 6) Discutir e encontrar soluções para as dificuldades.
b)                 Dia do encontro: Aprofundamento de alguns temas e conhecimento de novas técnicas.

2) O relacionamento do catequista: A amizade entre catequistas exerce influência sobre o relacionamento das crianças, direta ou pelo menos indiretamente; além disso certas atividades como: Organizar festinhas, teatro, um passeio que deve ser planejado, consultando, ouvindo e até solicitando participação de outros catequistas como também das crianças e de outras pessoas.
 O fato de envolver outras pessoas não evita briguinhas, ciúmes, como também facilita a obtenção de recursos, contribuições, o despertar o interesse de muitos e até da comunidade toda.   

O RELACIONAMENTO DO CATEQUISTA COM OS PAIS:

1)                 O papel da família: Os pais são os primeiros educadores da criança, na infância a influencia da família é quase total; é importante no ambiente familiar que a criança deveria encontrar tudo de que necessita para sua formação.
A educação deverá ser feita pelos pais, isto também é valido para o plano cristão; na idade da razão a criança começa a participar ativamente de outras organizações educativas como: escola, catecismo; contudo, a criança continuará por muito tempo ainda na dependência dos pais, nenhuma ação educativa terá tanta eficácia, nem poderá ser exercida por tempo e de maneira tão preponderante como a da família.
      2) Necessidade de conhecer a família: Partindo do principio de que a colaboração  da família é necessário, a primeira tarefa do catequista será portanto tentar   conhecer a família da criança para que a educação religiosa ministrada no  catecismo esteja de acordo com a educação familiar.
            Para que isto aconteça o catequista precisa conhecer: As condições de vida como moradia, trabalho, acontecimentos familiares, este  são pontos fundamentais, porém muito delicados, neste ponto devemos ter  cuidado para não ferir a sensibilidade da família.
            Os valores educativos: Captar os valores morais sobre os quais em geral a família insiste na educação tais como honestidade, senso de responsabilidade colaboração, esforço e dedicação.
            Os valores religiosos: Para esse tipo de conhecimento as visitas regulares são importantes, como meio de conhecer a família e o ambiente em que a criança vive;                           daí a necessidade do catequista alargar sua visão de modo a atingir os interesses, a mentalidade e a experiência da família que em geral são direcionadas para a própria criança; neste caso para que a criança possa vivenciar a mensagem não basta que seja motivada pelo catequista, mas sobretudo que encontre o devido apoio por parte da família.
      3) Colaboração da família: É necessário que os pais sejam informados e conheçam
O verdadeiro sentido da catequese, para que possam compreender qual a tarefa que lhes cabe e que a igreja quer que eles exerçam juntos aos filhos. O catequista empregará todos os meios possíveis para que a família fique a par da catequese que está sendo realizada; também terá necessidade de agir com muita paciência e levar em conta as reais possibilidades de cada família, a fim de não exigir dos pais uma colaboração que eles não saberiam compreender, nem realizar de modo autêntico.
       4) Reuniões com  pais: É importante que haja reuniões periódicas com os pais, ter   um dialogo com eles sobre assuntos de seu interesse ou sobre os problemas do dia-a-dia, Ex: dificuldade na educação do filho, situação do bairro que interfere  na educação, problemas econômicos, etc.; deixar falar sobre sua experiência,   preocupações, mas para que percebam a relação que a religião tem com a vida diária. É necessário ter um ambiente alegre, agradável, mesmo que tenham poucos recursos para que se sintam bem motivados a voltar para outras reuniões, no sentido de envolve-lo e talvez até engaja-los, pedindo sugestões a respeito  das próximas reuniões.
            Evitar reuniões com muita gente, é conveniente reunir os pais em grupos de 10 a 20  para facilitar o dialogo e a participação de todos; isto facilitará pouco a  pouco a criação de ambiente familiar.
           O catequista poderá preparar as reuniões com a ajuda de outro catequista ou de uma outra pessoa da comunidade , até mesmo de alguns pais ( isso seria ideal); não levar para reuniões lamentações e queixas sobre as crianças.

O RELACIONAMENTO DO CATEQUISTA COM A COMUNIDADE

O que se pretende com a catequese é preparar a criança, para que aos poucos, possam ingressar na comunidade, mas o ideal seria se os pais já estivessem entrosados, a catequese neste ponto deve ser uma das atividades prioritária da comunidade, não um trabalho isolado.
Não basta o catequista estar informado, sabendo o que se passa na comunidade, mas entrosar a catequese com as outras atividades existentes, visto que a criança gosta muito de atividades e nestas atividades que elas possam se entrosar umas com as outras.
O catequista poderá também colocar numa reunião da comunidade os problemas que por acaso esteja encontrando, seria um grande erro lembrar que existe a comunidade só na hora da dificuldade.






           

                
      

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