segunda-feira, 1 de novembro de 2010

E A FAMILIA... COMO VAI?

Se alguém nos perguntasse novamente, “e a família como vai?”, responderíamos: a família está doente!
Se abrirmos os olhos à realidade que nos rodeia ficaríamos verdadeiramente pesarosos: (Que tem, ou em que há pesar. Arrependido, contrito, penaroso.) observamos as estruturas políticas corroídas pela desonestidade e a corrupção, as diferenças sociais cada vez mais acentuadas, a marginalização de amplos setores da população confinados nas favelas e cortiços, os banditismos e o narcotráfico dominando grandes áreas das nossas cidades, a proliferação do divorcio, o aumento das uniões irregulares, os extermínios, drogas etc.
Quais são as causas de todos estes males? Sem dúvida poderíamos aduzi (Trazer, apresentar: razões, provas, testemunhos, etc.) uma grande diversidade de motivos, mas se fôssemos ao fundo da questão veríamos que a causa fundamental reside na desestruturação da família.
A família é a célula básica da sociedade, se as células estão enfermas o corpo inteiro também adoece; todos os problemas sociais a que antes aludíamos (Fazer alusão; referir-se):
Mencionar (pessoa, fato, etc., a alguém) são provocados pelos homens, homens que nascem numa família, homens que amadurecem ou se envelhece numa família, homens que apreendem o sentido do amor ou do ódio numa família, homens que se pervertem ou se santificam numa família.
A família é a fonte emergente de todos os valores humanos, se a família fica doente, a sociedade sucumbe (Perder o ânimo; mostrar-se abatido em extremo; desalentar (-se), desanimar (-se), esmorecer. Morrer, perecer, falecer: Ser vencido; ser derrotado).
Cessar de existir; acabar (-se): (Ser suprimido ou abolido).
É no seio da família que os pais são “para os filhos, pela palavra e pelo exemplo... os primeiros mestres da fé; sabemos que o lar é assim a primeira escola de vida cristã e “uma escola de enriquecimento humano.

O pacto matrimonial, pelo qual o homem e uma mulher constituem entre si uma intima comunidade de vida e de amor, foi fundado e adotado de suas leis próprias pelo criador; o sacramento do matrimonio significa a união de cristo com a igreja, concede aos esposos a graça de amarem-se com o mesmo amor com que cristo amou sua igreja; sendo que a graça do sacramento leva a perfeição, o amor humano dos esposos consolida sua unidade indissolúvel e os santifica no caminho da vida eterna. (Mc10, 9; ICor7,10-11).
O matrimônio é o nascedouro da família, desvirtuando-se do matrimônio desvirtua-se da família.
O matrimônio e a família foram criados por Deus para cumprir uma missão fundamental no concerto da criação; ele dotou esta instituição natural de finalidade bem definidas que primordialmente visam à continuidade do gênero humano através da procriação da prole (Descendência. Filho ou filhos) e a complementação da personalidade do homem e da mulher dentro de um amor mútuo que compreende todos os aspectos da personalidade humana.
O homem não criou a essência do matrimonio, foi Deus que gravou essa essência nos preceitos do direito natural, inculcados por ele no coração humano. Foi ele que ordenou-”que o homem não separe aquilo que Deus uniu” (Mt19, 1-12).
Quando alguém se casa não estipula pessoalmente as condições que já foram preestabelecidas por Deus; é livre para casar ou não casar, mas se o faz que faça com consciência a essas condições.
Dentro deste contexto de idéias podemos assinalar a principal causa patológica que desvirtua o matrimônio: o desvio de Deus, “a cisão (Divergência, desacordo, dissensão) interior que se opera no homem quando deixa de reconhecer o senhor como seu criador e quer ser ele mesmo a decidir com tal independência o que é bem e o que é mal”.
Esta separação de Deus afetou gravemente as finalidades e propriedades da instituição matrimonial.
Quando a civilização humana tinha conhecimento do cristianismo, tudo girava em torno de Deus, tinha a Deus como centro – era “teocêntrica”, mas a partir de uma determinada época histórica, ao lado dessa grande renovação cultural que representou o renascimento (Ato ou efeito de renascer. Vida nova. Movimento artístico e científico dos sécs. XV e XVI, que pretendia ser um retorno à Antiguidade Clássica), a cultura foi-se tornando cada vez mais centrada na pessoa individual, foi-se fazendo cada vez mais individualista, até chegar a considerar o homem como a “medida de todas as coisas” e a liberdade como medida do próprio homem.
O centro de gravitação da humanidade deslocou-se: passou de Deus para o homem; surge assim o “humanismo antropocêntrico”, que gerou o liberalismo-com uma acentuação desorbitada e falsa da liberdade, e este, por sua vez, deu lugar ao capitalismo histórico e à teoria individualista do matrimônio e da família, a partir deste ponto a família ficou “descentrada”(Afastar ou separar do centro; descentrar).

 

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