sábado, 4 de janeiro de 2014

PROPOSTA PARA UM REFORÇO ESCOLAR SOB AVALIAÇÃO DE NÍVEL PEDAGÓGICO.

PROPOSTA PARA UM REFORÇO ESCOLAR SOB AVALIAÇÃO DE NÍVEL PEDAGÓGICO.
           
            Significado da avaliação pedagógica

A avaliação pedagógica não se limita ao conteúdo escolar; como qualquer um dos outros momentos do diagnóstico, a conduta do paciente deve ser vista como uma expressão global em que está pondo em foco o nível-pedagógico, mas estarão juntos o seu funcionamento cognitivo e suas emoções ligadas ao significado dos conteúdos e ações.
É necessário que se pesquise o que o paciente aprendeu, como articula os diferentes conteúdos entre si, como faz uso desses conhecimentos nas diferentes situações escolares e sociais, como os usa no processo de assimilação de novos conhecimentos.
É importante também definir o nível pedagógico para se verificar a adequação à série que cursa; algumas vezes a defasagem entre o nível pedagógico e as exigências escolares atuais pode agravar dificuldades do paciente anteriores à escola, e outras vezes criar situações que podem vir a formar dificuldades de aprendizagem ou produção escolar.
A maioria das queixas escolares especifica está focada na leitura, escrita e matemática, em diferentes graus e séries.
Para se ter um bom reforço escolar é preciso fazer uma análise do material escolar implicando verificar a metodologia utilizada em sala de aula, ou seja, a qualidade didática; por ex: no que se refere ao erro, observa-se o tipo de erro ou acerto do paciente, o modo como esse é encarado pelo professor, se é assinalado, revisto e trabalhado na construção do conhecimento.

Avaliação do nível pedagógico:

a)       Na alfabetização: Quando a queixa escolar sobre a dificuldade de aprendizagem ou produção escolar diz respeito a crianças em processo de alfabetização, a questão exige uma reflexão sobre aspectos teóricos do assunto. A alfabetização não é mais vista como a transmissão de um conhecimento pronto que, para recebê-lo a criança teria que ter desenvolvido habilidades, possuir pré-requisitos, enfim, apresentar uma “prontidão”. A alfabetização é resultante da interação entre a criança, sujeito construtor do conhecimento, e a língua escrita. O desrespeito ao ritmo de construção da criança no ler e escrever pode criar uma dificuldade que se avoluma como “bola de neve”, podendo chegar a estancar o seu processo de verdadeira alfabetização.
b)      Na leitura: Para avaliar o desenvolvimento da leitura em outros níveis, é interessantes o uso de material com significado completo. É necessário que haja uma possibilidade de escolha conforme a idade, a escolaridade do aluno e suas reais possibilidades em relação á extensão do material. Não desejável que o aluno leia um pedaço de um texto e sim o texto completo, para não esfacelar todo o texto, perdendo assim, o seu significado, fazendo-se apenas uma avaliação mecânica. É preciso resgatar desde o diagnóstico, o hábito de ler, criando-se a idéia de atividade prazerosa.
No final da leitura verifica-se se ele apreendeu o sentido global do texto, se é capaz de sintetizá-lo; por ex: Pedir ao aluno a dizer em uma frase apenas de que trata a história.
Ao fazer uma leitura silenciosa e sua interpretação, é necessário que verifique a leitura oral de parte do mesmo texto, pedindo-lhe que leia em voz alta trecho de que mais gostou; nesse momento é importante avaliar a entonação, pontuação, junção, omissão, deslocamento de letras, silabas, palavras e frases.
Na leitura em voz alta pode-se observar: a fala de modo mais formalizado e se refletir sobre a necessidade ou não de exame complementar fonoaudiológico quando se percebe algo irregular durante a conversa.
c)       Na Escrita: Avalia-se na escrita o vínculo do aluno com a mesma escrita, o processo de escrever, o produto final em diferentes aspectos, o significado da escrita e suas fraturas. Durante a execução da leitura e da escrita, observa-se à postura corporal, o sentar, as tensões e relaxamento, o modo de segurar o lápis e o livro, o modo de se aproximar do material, a concentração da atenção, e o prazer de ler e escrever.
d)      Na Matemática: Quando a queixa é de dificuldade geral na aprendizagem, ou especifica na matemática, há necessidade de se avaliar com mais detalhes essa área especifica. Alguns aspectos se destacam: o raciocínio matemático, o cálculo, a leitura de problemas e questões.
Nesta avaliação pedagógica, faz-se necessário levar em consideração o que a escola em questão pretende, seus valores, que tipo de aluno pretende formar, sua metodologia de ensino, sua cobrança.                                                                                     


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