Pela boca de Jeremias, Deus disse algo
muito sério: “Eis o que diz o Senhor: “Maldito aquele que faz com negligência a
obra do Senhor!” (Jeremias 48, 10).
Então, é melhor não ser catequista do
que ser um mal catequista. É melhor não se dispor a trabalhar na catequese se
não estiver disposto a trabalhar com o devido zelo.
Não há missão mais nobre a se realizar,
mas também nossa culpa pode ser grande se formos negligentes com esta missão
sagrada, da qual depende a vida espiritual de muitas crianças e jovens.
Para isso o Catequista e os responsáveis
pela Catequese devem ser zelosos.
Pela boca do profeta Oséias Deus disse:
“Meu povo perece por falta de doutrina” (Os 4,6). Quantos católicos são levados
para as seitas, a beber águas contaminadas, por falta de uma Sã doutrina! (1 Tm
1,10; 4,6; 2 Tm 4,3; Tt 2,1).
Mais do que nunca, neste tempo difícil
em que a fé católica é desafiada em toda parte, precisamos de catequistas
preparados, que conheçam muito bem a doutrina católica, ensinada pela Igreja no
Catecismo, e que sejam fiéis ao Sagrado Magistério da Igreja, que recebeu de Cristo
o dom da infalibilidade ao ensinar.
“Para manter a Igreja na pureza da fé
transmitida pelos Apóstolos, Cristo quis conferir à sua Igreja uma participação
em sua própria infalibilidade, ele que é a Verdade (CIC ,§ 889).
O catequista fiel é aquele que ensina o
que a Igreja ensina, e não meramente o que ele quer. Não aprova o que a Igreja
não aprova; e não condena o que a Igreja não condena. João Paulo II disse:
“Todos os catequistas deveriam poder
aplicar a si próprios a misteriosa palavra de Jesus: «A minha doutrina não é
minha mas d’Aquele que me enviou» (João 7,16).
É isso que faz São Paulo, ao tratar de
um assunto de grande importância: «Eu aprendi do Senhor isto, que por minha vez
vos transmiti» (1 Cor. 11,23). Que frequente e assíduo contato com a Palavra de
Deus transmitida pelo Magistério da Igreja, que familiaridade profunda com
Cristo e com o Pai, que espírito de oração e que desprendimento de si mesmo
deve ter um catequista, para poder dizer: «A minha doutrina não é minha»!
Aqueles que na Igreja são responsáveis
pela formação dos catequistas, nas paróquias e nas dioceses, precisam
oferecer-lhes uma capacitação esmerada, aproveitando ao máximo o tempo. Que
sejam bem usados os finais de semana onde se possam aprofundar com eles os
temas básicos: O Credo, os Sacramentos, a Moral católica nos Dez Mandamentos e
uma profunda espiritualidade numa vida de oração e meditação, que dê aos
catequistas uma intimidade com o Senhor.
Os leigos catequistas têm pouco tempo
para a sua formação; então, é imperativo aproveitar bem os Encontros de
Catequistas para dar-lhes o melhor possível de capacitação na doutrina da fé,
deixando de lado tudo o que for supérfluo e desnecessário. Esses Encontros
devem ser alegres, mas extremamente densos de formação.
Jesus disse que aquele que guardar os
seus mandamentos e os ensinar “será declarado grande no Reino dos Céus”. (Mt
5,19) . Esta palavra é, sem dúvida, para cada bom catequista.
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