quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Algumas Orientações para Famílias no uso das tecnologias.



Algumas Orientações no uso das tecnologias.
Demonstre interesse.
Demonstrar interesse em conhecer os diversos aspectos da vida do seu filho fará com que ele se sinta a vontade para compartilhar e dialogar também sobre o uso das tecnologias. Flexibilidade, clareza nas negociações (fazer combinações claras e objetivas) e proximidade são fundamentais para uma boa relação entre pais e filhos e também para o estabelecimento da confiança e de limites com amorosidade.

Conheça aquilo que seu filho usa.

Questione, jogue, acesse com ele. Quando possível, escolha os jogos junto com seu filho. E, acima de tudo, não critique sem conhecer. Regras arbitrárias e autoritárias farão com que a criança e o adolescente fiquem distantes por não encontrar uma possibilidade de conversa aberta. Entenda os porquês de seu filho, procure saber mais sobre as motivações que o levam a fazer uso de determinado aplicativo, rede social ou jogo.

A importância do exemplo.

Os pais são os modelos de identificação de seus filhos, e a forma como lidam com as tecnologias será a principal fonte de informação para os filhos sobre como agir quando estiverem na mesma situação. Os filhos aprendem muito mais “vendo” o comportamento dos pais do que “ouvindo” o que eles têm para dizer.

Regras e limites.
Assim como outras atividades, o uso das novas tecnologias exige muito dos pais numa das tarefas mais difíceis e complicadas: a aplicação dos limites. É possível que, em situações de uso excessivo das novas tecnologias, possa haver uma certa dificuldade da família em impor limites claros aos filhos. As diversas tecnologias podem ser inseridas na rotina das crianças desde cedo, mas levando-se em conta que quanto menor a criança, mais orientações e limites os pais devem dar. As combinações são feitas de acordo com o contexto e as características de cada família, mas é fundamental que sejam bastante claras, objetivas e também coerentes.

Estimular a convivência em família.

É papel dos pais estimular o convívio em família e cuidar constantemente para que ele não se perca. Essa tarefa acaba se tornando muito mais difícil quando as inúmeras ofertas das tecnologias “chamam” cada um para o seu quarto. É importante que a família tenha momentos em que todos possam conviver. Fazer as refeições juntos é certamente um começo.  Realizar outras atividades com os filhos reforça ainda mais a intimidade da família.
A hora de dormir.

Recomenda-se evitar o uso dos computadores e videogames logo antes da hora de dormir, pois o excesso de estímulos pode dificultar o início do sono. Pode ser muito difícil para as crianças exercerem seu próprio limite, mesmo quando sabem sobre o que é certo ou errado, e noites mal dormidas podem interferir diretamente na atenção e no desempenho escolar.

Sedentarismo e Alimentação
É necessário ter cuidado com a inatividade física e o padrão alimentar. O uso intenso de jogos e internet pode causar aumento de peso. Isso se explica pelo excesso de tempo dedicado a uma atividade que não gasta as calorias consumidas e também pelas refeições rápidas com a finalidade de ter mais tempo para jogar ou ficar conectado. Os lanches rápidos (doces, salgadinhos, refrigerantes) são ricos em açúcar e gorduras. A atenção voltada ao computador ou aos jogos pode fazer a pessoa perder a percepção da quantidade de alimento ingerido, além de não perceber os sinais de saciedade e de fome, o que pode causar tanto obesidade, quanto perda involuntária de peso.
Podemos utilizar a tecnologia como aliada no combate ao sedentarismo e à obesidade, fazendo pesquisas sobre alimentação e hábitos de vida saudáveis, e estimulando jogos que necessitam de movimento, como alguns de esportes ou dança.

A questão da privacidade.

As diferentes gerações entendem a privacidade de maneiras distintas. Normalmente as crianças e os adolescentes não costumam analisar o impacto que uma foto publicada na internet pode ter na sua vida social. Estas imagens ainda podem ser alteradas com o uso de certos programas e utilizadas para a prática de cyberbulling. Informações íntimas das famílias quando publicadas podem ser utilizadas por pessoas estranhas e podem expor a família a riscos.
Sugerimos que os pais busquem conhecer quais as redes sociais que seu filho costuma utilizar e conversar com ele sobre o que deve ou não ser compartilhado, quando, como e com quem. Pergunte que critérios seu filho utiliza pra aceitar novos amigos e quem pode ver as informações que ele compartilha. Tente explicar sua preocupação com a integridade física e moral de seu filho e da família. Pesquisem juntos informações sobre casos de excessiva exposição, se for necessária uma argumentação mais concreta. Auxilie o seu filho a coletar mais informações sobre como configurar o próprio perfil para ter maior privacidade e controle do que é exposto, caso ele não saiba como fazer sozinho.

Como lidar com a violência dos jogos.
A grande maioria dos estudos realizados aponta que pode ocorrer um aumento de idéias, sentimentos e comportamentos agressivos em crianças e adolescentes que utilizam muito os jogos violentos. Isto obviamente não é uma regra e tampouco ocorre de modo universal, pois a agressividade é um fenômeno extremamente complexo e são muitos os fatores que podem causá-la. Por isso, cada situação deve ser avaliada de modo individualizado, para que se investigue se além dos jogos violentos existem também outros fatores de risco para agressividade. Caso já exista uma tendência ao comportamento agressivo, a recomendação é de evitar os jogos violentos e estimular a prática de jogos de esportes e estratégia.



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