A Encarnação do verbo eterno de Deus
O substantivo encarnação ou o adjetivo encarnado não são
encontrados na Bíblia, mas se encontra em algumas declarações importantes no Novo Testamento a respeito da pessoa e obra
de Jesus Cristo.
Em I Timóteo 3,16 fala sobre "Aquele que
foi manifesto na carne". João atribui ao espírito do anticristo qualquer
negação que Jesus Cristo "veio em carne",
(I João 4,2).Paulo diz que Cristo
realizou sua obra de reconciliação "no corpo da sua carne" isso quer
dizer que Cristo pela sua morte nos reconciliou com Deus (Colossenses 1,22; Efésios 2,15-16), e que ao enviar Seu
Filho "em semelhança de carne pecaminosa" Deus "condenou ... na
carne, o pecado" (Romanos 9:3). Paulo se refere a Cristo
que morreu "na carne" por alguém (I Pedro 4,1).
Todos esses textos mostram de diversas maneiras que
Cristo garante a salvação porque veio em "carne" e morreu "na
carne". Em teologia do cristianismo chama-se a vinda de Jesus como encarnação e
a sua morte de expiação.
Nesse sentido teológico, "carne" não é de
maneira nenhuma alguma coisa que o homem possui, mas é antes uma coisa que o
homem é, sinalizado pela fraqueza e fragilidade próprias da criatura humana e
nesse particular aparece em contraste com "espírito", a eterna e
inextinguível energia que pertence a Deus e é Deus. Por conseqüência, dizer que
Jesus Cristo veio e morreu "na carne" é afirmar que ele veio e morreu
no estado sob as condições da vida física e psíquica criada, isto é, aquele que
viveu e morreu era homem. Por outro lado, afirma também que aquele que morreu
eternamente era e continua a ser Deus.
A fórmula que emoldura a encarnação, portanto, é
que, em algum sentido, sem ter deixado de ser Deus, Deus se fez homem. Isto é
exatamente o que João afirma "O Verbo" (agente de Deus na criação),
que "no princípio", antes da criação, não apenas "estava com
Deus", mas era em si mesmo "Deus" , João 1,1-3 e "se fez carne" João 1,14.
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